Resenha - Quem é você, Alasca?


Depois de ler A Culpa é das Estrelas, resolvi me aventurar novamente pela mente de Jonh Green. Eu já sabia por alto do que se tratava a história, então preferi escolher ela em específico do que os outros YA do autor. Então, sente confortável ai e venha descobrir o que achei de Quem é Você, Alasca?! Espero que goste da resenha ;)


Quem é você, Alasca? - Jonh Green
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 240

Quem é Você, Alasca? - Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez.


Quem é você, Alasca? é narrado por Milles, um jovem que se muda para um colégio interno em busca de seu Grande Talvez. Ele estava cansado de sua vida sem aventuras em casa e acha que nesse lugar novo irá ter uma pista do que realmente quer. Na escola, ele faz novas amizades e conhece a garota Alasca - por quem se apaixona imediatamente. Com seus novos amigos, Milles (aka Gordo) se aventura no mundo de trotes escolares, cigarros, bebidas e filosofias. 

Devo concordar que Jonh Green nasceu para escrever para jovens. O livro é de fácil leitura, sem chegar a ter uma linguagem infantil ou bobinha. Porém, achei que a história foi um pouco arrastada, principalmente pela trama em si. O narrador passa o livro fazendo uma contagem regressiva, narrando os dias na escola e como ele e seus amigos se comportavam. Não há nada de mais, apenas os dias de um monte de adolescentes. Nada que realmente lhe instigue a continuar lendo para saber o que acontecerá (com a exceção da contagem regressiva, porque, pelo menos para mim, foi o que mais me deu vontade de descobrir do que se tratava). 

As personagens? Encontramos no livro o estilo favorito de Green: os adolescentes "nerds" que querem achar um sentido na vida e normalmente encontram isso nas amizades ou se comportando "livremente" (eu ia colocar vida loka, mas deixa quieto) e se entregando a algo que antes era impedido pelo medo (ou qualquer outra coisa). Além disso, a personagem tem que ser problemático. E depois de ler você deve ficar se pensando, o que o Milles tem de problemático? Bem, eu achei ele bastante obsessivo pela jovem Alasca, e você pode entender melhor isso depois da segunda parte.

E nem preciso falar sobre o comportamento de Alasca, não é? Sempre uma dualidade, às vezes a Alasca que todos amavam, às vezes a Alasca que todos odiavam. Além disso, ela é sempre uma incógnita. Eles não sabem muito sobre ela, não sabem seus porquês, suas motivações... O que mais gostei da personagem é que ela é quem ela quer ser. Por mais que seu passado tenha vincado sua alma, aquilo só a fez ter certeza que tem que tentar fazer o que acha ser certo e ajudar os outros, mesmo que tenha medo algumas vezes. 

As outra personagens, por mais que sejam importantes, para mim, estavam lá apenas para, como eu disse, fazer o protagonista encontrar nas amizades o que buscava na vida e etc etc.

O livro é dividido em duas parte: o antes e o depois. Quando terminamos a primeira, entendemos o porque da contagem regressiva e alcançamos o clímax da história. Porém, imediatamente depois de nos surpreendermos com o acontecido, a conclusão volta a se passar de forma arrastada, fazendo com que a emoção do clímax se perca ali no meio das últimas partes. 

Mas eu acho que foi exatamente isso que o autor queria fazer. Na história inteira somos sutilmente bombardeados por questionamentos sobre a vida e a morte. Sobre como as coisas são frágeis e que um dia tudo irá terminar (ou não). No meu ponto de vista, João Verde quis mostrar realmente a efemeridade, e você não precisa de uma aventura enorme para isso, a vida comum já basta.

Enfim, Quem é você, Alasca? não é um livro ruim, porém, não me alcançou como deve ter alcançado a tantos leitores. É uma história que mistura drama e o cômico (como Jonh Green adora fazer) e que lhe faz rir em alguns momentos e se sentir reflexivos em outro. Mas essa narrativa arrastada em uma história sem muitos altos e baixos pode ter me feito achá-la apenas bom. Porém, vou ler outros livros do autor (vamos ver se ele vai me convencer nos próximos livros a dar mais de 3 estrelinhas).

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