Resenha - A Garota Perfeita


Quem não ama um bom thriller? Ano passado, esse foi o gênero que eu mais busquei ler. Eu sou uma pessoa que compra livro pelas capas e gostei da de A Garota Perfeita, então resolvi me arriscar. E o que eu achei? 



A Garota Perfeita - Mary Kubica
Editora: Planeta
Páginas: 336
Nota: 3
Skoob
Mia, uma professora de arte de 25 anos, é filha do proeminente juiz James Dennett de Chicago. Quando ela resolve passar a noite com o desconhecido Colin Thatcher, após levar mais um bolo do seu namorado, uma sucessão de fatos transformam completamente sua vida.
Colin, o homem que conhece num bar, a sequestra e a confina numa isolada cabana, em meio a uma gelada fazenda em Minnesota. Mas, curiosamente, não manda nenhum pedido de resgate à familia da garota. O obstinado detetive Gabe Hoffman é convocado para tocar as investigações sobre o paradeiro de Mia. Encontrá-la vira a sua obsessão e ele não mede esforços para isso.
Quando a encontra, porém, a professora está em choque e não consegue se lembrar de nada, nem como foi parar no seu gélido cativeiro, nem porque foi sequestrada ou mesmo quem foi o mandante. Conseguirá ela recobrar a memória e denunciar o verdadeiro vilão desta história?

Desde o começo do livro, somos inseridos em dois tempos da história: o passado e o presente. A autora escolheu dar voz a três narradores (a mãe de Mia, o detetive Gabe e Colin), desta forma, temos uma visão bem ampla dos acontecimentos, sejam eles vistos pelo sequestrador, sejam eles vistos pela família que busca a filha sequestrada. Vemos de perto o sumiço e a volta de Mia, mas, assim como sua mãe e Gabe, não sabemos o porquê dela ter esquecido do que viveu na cabana no meio da neve.

Com a narrativa estruturada desta forma, o suspense não fica em descobrir o que houve com a garota, onde ela estava e como viveu ali, mas sim o que aconteceu de tão traumático para ela esquecer tudo e, principalmente, quem foi que contratou o sequestrador. 

Devo confessar que não me identifiquei com nenhum personagem. Por mais que entenda a razão de todos, não consegui me sentir comovida para realmente me importar com o que estava acontecendo. A autora porém deu condições bem humanas para eles, só a moral que foi um tanto quanto duvidosa e me afastou bastante. De todos, o que menos gostei foi o detetive Gabe e toda vez que ele aparecia eu já revirava os olhos. Colin por sua vez, foi o personagem que mais me fez me envolver, mesmo sabendo que a autora queria criar essa nossa aproximação com uma pessoa que... Bem, é um sequestrador e o "vilão" da história. 

Para mim, o foco do livro não é no suspense, mesmo este sendo algo importantíssimo, mas sim a construção da relação entre os personagens e em seus desenvolvimentos, mostrando ao leitor que as pessoas não são totalmente más ou boas e que a classe social não define seu caráter. 

Gostei da ambientação em A Garota Perfeita, me senti aflita principalmente nas cenas em meio a cabana na neve. Como o enfoque na maior parte da obra não é nos lugares e sim nos sentimentos, a autora não se perde fazendo descrições tão demoradas que não acrescentam muito, ela apenas situa o leitor e passa para o que interessa. 

A linguagem é bem leve, fluída, daquele tipo de livro que você pode ler por horas sem se sentir cansado. O ritmo porém, para mim pelo menos, fica um tanto quanto quebrado, já que temos muitos narradores que estão cada qual em seu momento. Sei que isso foi proposital, para aumentar o suspense, mas algumas partes eu senti que poderiam ter sido resumidas ou retiradas, o que teria deixado tudo mais dinâmico. Mesmo assim, foi uma boa leitura. 

Contudo, está longe de ser um livro que entraria entre os melhores que já li do gênero. Não me senti tão presa quanto esperava e um thriller, não tinha aquele desejo por descobrir logo o que estava acontecendo o que estraga um pouco a experiência de leitura do gênero. 

O que falarei a seguir pode, ou não, ser spoiler: quem gosta de thrillers provavelmente já conhece Gone Girl, ou, aqui pros brasucas: Garota Exemplar. É pouco possível não comparar um título com o outro, já que são muito parecidos. Esta comparação, porém, estraga um pouco a leitura, já que fica com aquela pulga atrás da orelha se os finais serão parecidos ou não. E olha, eles são parecidos sim (claro, cada um com suas peculiaridades). 

Não recomendaria o livro para os loucos por thrillers, já que estes podem se decepcionar bastante com a leitura. Mas a história é agradável e gostei da escrita da autora, então, se quiserem um livro que seja divertido para passar suas horas, esse é um bom pedido. 

Sobre a edição: O livro tem páginas amareladas; a fonte e o espaçamento contribuem para uma boa leitura; a qualidade do exemplar em si é muito boa, a capa é bem flexível o que ajuda muito a manusear o livro; a diagramação é simples, mas organizada e que combina com a proposta do livro. 

Sobre a autora

Mary Kubica é formada em Artes, História e em Literatura Americana pela Miami University, de Oxford, Ohio. Enveredou-se pelo mundo da escrita em 2014, quando lançou A Garota Perfeita – um livro que rapidamente tornou-se um dos suspenses psicológicos mais vendidos dos Estados Unidos, juntamente com Garota Exemplar e A Garota do Trem. Atualmente, vive nos arredores de Chicago com seu marido e seus dois filhos, dedicando-se à literatura, à fotografia, jardinagem e a um abrigo para animais, onde é voluntária.


E vocês? Já conheciam a obra ou a autora? Já leram esse livro? Comentem aí embaixo! 
Beijinhos e nos vemos na próxima postagem!



1 comentários :

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