Resenha - O Sol é Para Todos


O Sol é Para Todos é um daqueles livros que você provavelmente vai encontrar em todas as listas de "livros que você tem que ler antes de morrer". Ganhei meu exemplar de presente há algum tempo e só depois de tempos que consegui sentar para lê-lo. Espero que gostem da resenha.



O Sol é Para Todos - Harper Lee
Editora: José Olympio
Páginas: 364
Nota: 5

Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.
O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.

O Sol é Para Todos (To Kill a Mockingbird, no original), é narrado em primeira pessoa por Scout, uma garotinha de seis anos de idade que mora em uma pequena cidade onde todos se conhecem e a "ordem" das coisas é mantida. Scout mora com seu irmão, Jem, e seu pai, Atticus. Atticus tem uma forma diferente de ver as pessoas e, por mais que saiba que isso influenciará de forma negativa em sua imagem, decide aceitar defender o processo de um negro acusado de estuprar a filha de um homem da região. 

A história é toda sob o ponto de vista da criança, Scout é bastante impressionável e o tipo de garota que não leva desaforo para casa e resolve tudo com os punhos. É bastante ingênua em certos momentos, por não ter conhecimento mesmo, mas sempre aprende com o pai e tenta seguir seus ensinamentos (às vezes, né?). E essa voz que conhece pouco faz com que o leitor vá aprendendo junto a ela como funcionam as coisas em sua cidade, como as classes são separadas e como cada pessoa deve se "portar" só porque as pessoas falaram que é assim. 

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A linguagem é bastante fluída, não chegando a ser infantil, mas também acessível para diversas idades. Anos passam no decorrer da narração e podemos ver o amadurecimento dos personagens, principalmente do Jem, que se torna adolescente e começa a se parecer em certo ponto com o pai. O cotidiano na obra está tão presente, em outras palavras, a ambientação foi tão bem construída que o leitor se vê inserido nos anos 30, morando na casa de Atticus e tentando entender como que as pessoas da época pensavam (mesmo que para nós seja um retrocesso em muitos pontos). 

Contudo, assustadoramente, muita coisa é ainda atual como o tema principal do racismo e até a questão do vizinho das crianças, Arthur Radley. E por isso o livro ainda hoje é tão importante (sério, ele se passa em 1930, como que tem coisa que se repete em pleno século XXI?)

Gostei bastante dos questionamentos da Scout, aqueles bem típicos da infância, que mostra que as crianças não nascem corrompidas, a sociedade que tem o poder de corrompê-las. No decorrer das páginas somos constantemente colocados a frente de questões sobre bem e mal, sobre a opinião da sociedade e se ela é o correto a se acreditar, etc. 

É um livro divertido, que não cansa em nenhum minuto, mas que passa uma mensagem valiosa e te faz ficar encarando o teto depois que acaba de ler. 

Indicado para todos os leitores e com certeza ainda é uma leitura indispensável.

Sobre a edição: Eu não conhecia esse selo da Record, mas já posso dizer que gostei muito. A capa tem um toque aveludado e é fácil de manipular. As páginas são amareladas, com uma diagramação simples, que permite uma leitura confortável. A única coisa que me incomodou é que em algumas partes do livro teve alguns problemas na impressão, seja porque ficou faltando pedações de palavras ou tinha manchinhas... Mas nada que tenha atrapalhado tanto. 


Sobre a autora

Harper Lee foi uma escritora estadunidense, filha de uma dona de casa e de um advogado. Seu primeiro livro, O Sol é Para todos (em inglês: To Kill A Mockingbird) publicado em 1960, foi um sucesso instantâneo, se tornando um dos maiores clássicos da literatura norte-americana moderna. A obra ganhou o prêmio Pulitzer e deu origem a um filme homônimo, vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado em 1962.
O romance é baseado livremente nas memórias familiares da autora, assim como em um evento ocorrido próximo a sua cidade natal em 1936, quando ela tinha 10 anos de idade. A obra foi eleita pelo Librarian Journal como o melhor romance do século XX e está na lista de 100 melhores livros feita pela BBC.

Espero que tenham gostado da resenha! Já conheciam o livro? Pretendem lê-lo ou já leram? Não esqueçam de comentar aqui embaixo.

Beijinhos e até! ♥

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